Empresas portuguesas no Norte de África podem ver apoios reforçados
A agenda da Assembleia Anual de Governadores do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) fica este ano marcada pelo debate em torno do alargamento da área de operações do BERD (actualmente circunscrita à Europa Central e de Leste) ao Norte de África.
Esta proposta, apoiada por Portugal, permitirá uma continuidade ao mandato do BERD de apoio a economias em transição e permitirá contribuir para o desenvolvimento da região Sul do Mediterrâneo, em particular no Egipto, Marrocos e outros países do Magreb. Por esta via, e de acordo com informação oficial veiculada pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública, “são também reforçadas as alternativas de financiamento à disposição das empresas portuguesas presentes na região, seja por via do investimento directo, seja por via de exportações”.
Thomas Mirow, Presidente do BERD, referiu na mesma ocasião que “para além da capacidade, dos recursos e do conhecimento, acredito que também temos uma responsabilidade. Os Romanos chamaram ao Mediterrâneo mare nostrum e o que acontece nesta região é, de facto, de suma importância para todos nós. A experiência da transição é algo que pode e deve ser partilhado. As pessoas dessa região [Norte de África], assim como as da nossa, merecem ver as suas aspirações políticas correspondidas por ganhos económicos palpáveis”.
Recorde-se que o BERD já assegurou o financiamento de diversos projectos com participação de empresas portuguesas, contribuindo assim também para o seu processo de internacionalização na região, no montante de cerca de 430 milhões de euros.