Domingo, 24 de Novembro de 2024 Adrego & Associados – Consultores de Gestão

Comércio externo cresce ao maior ritmo dos últimos 15 anos

A clara aposta das empresas nas exportações começou já a dar os seus frutos, mostrando-se uma estratégia acertada. Nos primeiros dois meses de 2011, as exportações cresceram 20% em relação ao mesmo período de 2010; aliás, se considerarmos unicamente o mês de Fevereiro, esse crescimento ultrapassou mesmo os 21%, apresentando o maior ritmo de crescimento desde 1996.

Basílio Horta, presidente da AICEP, é da opinião de que será muito difícil manter este ritmo de crescimento até ao final do ano, mas diz que “o sector transaccionável tem que continuar a ser a aposta da economia”. Quem também concorda com esta posição é Luís Reis Pires que, no Diário Económico, fez saber que “as exportações são das poucas alternativas que restam ao País para revitalizar a sua economia”.

Segundo um estudo da economista Elsa Barreto para o Gabinete de Estudos e Estratégia do Ministério da Economia, são vários os produtos nos quais Portugal revela alguma vantagem comparativa, que pode tentar dinamizar, como é o caso dos produtos farmacêuticos, químicos e orgânicos, máquinas e materiais eléctricos.

O mesmo estudo sinaliza, aliás, 43 tipos de produtos em que Portugal apresenta vantagem comparativa e que, por isso mesmo, seriam facilmente “exportáveis”; nestes 43 tipos de produtos é possível encontrar os mais óbvios, que têm contribuído largamente para o aumento das exportações – a cortiça e o calçado -, e os mais incomuns – como as armas e as munições, por exemplo.