Empresas têm três meses para rever projectos com apoios comunitários
Governo lança linha de crédito de 700 milhões para acelerar execução do QREN. Incumprimento será punido.
As empresas que se candidataram a fundos comunitários vão ter três meses para redimensionar os seus projectos à nova realidade económica. Depois disso, o Executivo vai aumentar o grau de exigência na execução do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) – actualmente de 15% – admitindo mesmo a possibilidade de penalizar futuros atrasos, apurou o Diário Económico.
Perante as dificuldades que as empresas estão a enfrentar na obtenção de crédito bancário, o primeiro-ministro anunciou ontem no debate quinzenal, uma nova linha de crédito de 700 milhões de euros. O objectivo é apoiar as empresas que já recorreram a financiamento comunitário, mas têm dificuldades em conseguir reunir os capitais próprios necessários para desbloquear as verbas que já estão comprometidas.
A nova linha vai replicar algumas das condições em vigor para a PME Investe VI, nomeadamente, um ‘spread’ de equivalente à taxa Euribor mais 2,75% para as médias empresas – com a classificação de PME Líder. Este valor pode ser agravado até aos 3,37% consoante o grau de risco das empresas, que será estratificado em três níveis. Por outro lado, as empresas terão uma cobertura de 50% da garantia mútua, para projectos até um milhão de euros, e de 40% para os restantes projectos.