Portugal e Moçambique apresentam o Banco Nacional de Investimentos
O ministro e o secretário de Estado das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos e Carlos Costa Pina, estão hoje em Moçambique para assinar com o governo local a constituição do Banco Nacional de Investimentos.
A criação do banco surge na sequência da visita do primeiro-ministro português, José Sócrates, a Moçambique, em Março, na qual considerou que a criação desta entidade bancária, detida pelos governos português e moçambicano, a Caixa Geral de Depósitos e pelo Banco Comercial de Investimentos (BCI) “significa que Portugal vai estar empenhado de uma forma muito diferente” a partir de agora.
O banco, cujo capital previsto era de 500 milhões de dólares, (412 milhões de euros), servirá, entre outros, para apoiar a barragem de Mpanda Nkuwa, uma obra que vai custar dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros), disse fonte próxima do processo à Lusa em Moçambique, em Março.
A barragem, que já está em projecto e deverá começar a ser construída em 2011, será o segundo maior empreendimento hidroeléctrico de Moçambique a seguir a Cahora Bassa. O aproveitamento hidroeléctrico tem já empresas chinesas e brasileiras envolvidas. Financiadores do projecto são o China Exim Bank, a Electricidade de Moçambique e a Camargo Correa.
Na visita de dois dias que começa hoje, Teixeira dos Santos e Costa Pina apresentarão, juntamente com o vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos Francisco Bandeira, as principais linhas de actuação do novo banco, numa conferência de imprensa a seguir à assinatura da Escritura Pública de Constituição do novo Banco Comercial de Moçambique.
Na visita de Março, o primeiro-ministro tinha adiantado que o novo banco “é uma expressão de confiança por parte do governo moçambicano a Portugal”.