Portugal: energia vai ajudar a «reequilibrar balança comercial»
Os sectores das energias renováveis e da mobilidade eléctrica vão ajudar Portugal a «reequilibrar a balança comercial» com o mundo, graças a várias empresas capazes de exportar conhecimento e tecnologia, disse esta terça-feira o ministro da Economia português em Xangai.
José Vieira da Silva falava à margem da segunda cimeira anual sobre desenvolvimento sustentável, intitulada Global Green Business Summit, que reuniu na cidade chinesa de Xangai governantes e especialistas internacionais.
Portugal «é um caso de estudo» no mundo no aproveitamento de energias renováveis e na implementação de um sistema de mobilidade eléctrica, referiu o ministro, o único convidado estrangeiro entre três chineses na abertura dos trabalhos.
O ministro da Economia citou a EDP como uma das empresas líderes mundiais no sector eólico e aos jornalistas destacou o facto de haver mais empresas que permitem acreditar na exportação de green business português.
Galp é outro exemplo
A Galp, na área dos biocombustíveis, a Efacec, na inovação de componentes eléctricos e electrónicos, ou a Critical Software, no desenvolvimento de aplicações, foram alguns de outros exemplos apontados por Vieira da Silva.
O leque está em expansão: na área, as empresas portuguesas podem ser globais ou «assumir posições de relevo em nichos de mercado», que independentemente da dimensão podem ser um «importante contributo para o país», destacou.
Na sua intervenção, Vieira da Silva comparou «os empreendedores e investigadores actuais» a novos navegadores, como aqueles que protagonizaram os descobrimentos portugueses, mas agora aliados «às novas tecnologias».
Segundo referiu, as soluções energéticas podem até ser «uma das portas de entrada na China», 500 anos depois de os portugueses terem sido os primeiros europeus a contactar com o país asiático.