Vendas de vinhos portugueses para o Brasil, Angola e Canadá crescem 30%
Os mercados de maior crescimento das exportações de vinhos portugueses têm sido o Brasil, Angola e Canadá, “com aumentos na ordem dos 30% no último ano”, revelou Domingos Alves de Sousa, da Independent Winegrouwers Association.
“Dentro destes mercados de maior crescimento, destaca-se Angola, que é o que tem revelado maior apetência pelos vinhos de gama alta”, destacou este viticultor do Douro, conhecido pela marca Quinta da Gaivosa e pelo tinto “Abandonado 2005″, considerado em 2008 pelo influente crítico norte-americano Robert Parker o melhor vinho português.
Alves de Sousa faz parte da Independent Winegrouwers Association (IWA), um projecto de cinco viticultores portugueses para promoverem os seus vinhos de uma forma mais eficaz por todo o mundo. Os outros são a Casa de Cello (com quintas em Amarante, no Dão), Luís Pato (Bairrada), Quinta do Ameal (Ponte de Lima, região dos vinhos verdes) e Quinta dos Roques (Dão). Ao longo de todo ano levam a cabo acções de promoção do Japão à Califórnia (EUA), passando pela Europa e pelo Atlântico Sul, e, uma vez por ano, apresentam os seus vinhos em Portugal. Foi o que sucedeu na terça-feira, no Hotel Ritz, em Lisboa.
“Esmagadoramente, a nossa produção vai para o estrangeiro”, adianta João Pedro Araújo, da Casa de Cello. “É lá que vendemos 60 a 70% do que fazemos”.
Segundo os seus produtores, os vinhos da IWA distinguem-se pela “elevada consciência ambiental” dos métodos da sua produção e por só serem feitos por uvas das próprias quintas, ao contrário das políticas seguidas pelas grandes companhias.
“Para nós é fundamental apostar na inovação”, acrescentou Luís Pato, que acaba de lançar vinhos elaborados com técnicas de concentração molecular a que chamou “Abafado Molecular”. Para este produtor da Bairrada, um dos primeiros em Portugal a apostar nos principais mercados exportadores, o desafio do momento “é criar produtos que possam conquistar novos públicos para o vinho”.
in OJE