Banco de Portugal quer que aumento de impostos fique até 2013
O Banco de Portugal (BdP) defende que as medidas extraordinárias apresentadas pelo Governo na semana passada para corrigir o défice orçamental se devem manter em vigor, pelo menos, até 2013.
Esta é uma recomendação que leva mais longe a intenção do Executivo que, na semana passada, limitou o aumento do IVA, IRS e IRC, para grandes empresas, até final de 2011, planeando um corte do défice de 9,4%, em 2009, para 7,3%, este ano, e 4,6% do PIB, em 2011.
No último relatório anual assinado por Vítor Constâncio – que a partir de Junho assume a vice-presidência do BCE -, o BdP adopta uma linguagem particularmente dura para descrever a situação de Portugal. E, por isso, não só apoia as propostas de consolidação orçamental apresentadas, como defende que “estas medidas, bem como outras que venham a revelar-se necessárias, deverão manter-se em vigor até a situação de défice excessivo ser corrigida de forma sustentável”.
Ou seja, nunca antes de 2013, ano em que, segundo o Programa de Estabilidade e Crescimento, o Governo deverá trazer o défice para um valor inferior a 3% do PIB, (…)