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Norte prepara plano estratégico até 2020

Estará em consulta pública, durante um mês, o documento “Norte 2020″ da CCDR-N, que permitirá à região ter desde já um quadro de estratégia para utilizar nas negociações das ajudas financeiras da UE. Um dos grandes objectivos é alcançar a convergência.

Alcançar a convergência com as outras regiões europeias, ou seja, que a região Norte passe dos actuais 61% para 75% do PIB per capita médio da União Europeia, é um dos objectivos do documento “Norte 2020″, que ontem foi apresentado na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N).

De acordo com o presidente da CCDR-N, Carlos Lage, já estava agendada a apresentação do documento, mas o discurso do presidente da República, “deu um certo alento à região”, até porque foram referidos dois temas que já estão em desenvolvimento no Norte – as industrias criativas e do mar, para as quais já existem dois clusters, e projectos aprovados no valor de 41 milhões e 49,5 milhões de euros, respectivamente.

Segundo Mário Silva, gestor do Programa Operacional do Norte, estas duas indústrias “estão fortemente articuladas com o turismo” pelo que “podem ser as bases para a criação sustentada de emprego na região”. Deu como exemplo o futuro terminal de cruzeiros de Leixões, “onde chegarão por ano cerca de 100 mil pessoas”, que, acrescentou Carlos Lage, “terão que ser entretidas para permanecer no Norte, e é aqui que entram as indústrias criativas”.

Na conferência de imprensa, estiveram presentes os responsáveis pelos clusters das indústrias criativas e do mar, Virgílio Folhadela e Rui Azevedo, respectivamente.

Rui Azevedo referiu que um dos objectivos do cluster do mar é o trabalho em rede “que permitirá potenciar o saber das empresas”, sejam elas das actividades tradicionais do mar, da construção naval, do turismo náutico ou da inovação e investigação.

Virgílio Folhadela traçou como objectivo para o cluster das indústrias criativas “que apareçam muitas ideias, que se transformem em negócios rentáveis que por sua vez geram negócios e a regeneração urbana. Tudo isto com o assumir do risco que é a própria criatividade”.

in Jornal de Notícias