A nova agenda
Apresentado o PEC a Bruxelas, Portugal precisa mais do que nunca de uma “Nova Agenda”.
Esta “Nova Agenda” implica uma transformação estrutural completa das condições objectivas de abordagem dos desafios da concorrência internacional e de um novo paradigma de excelência competitiva. Implica claramente uma mobilização colectiva da sociedade portuguesa para responder a questões que se impõem:
- Qual o caminho a dar à Inovação enquanto instrumento central duma política activa de intervenção ao nível da sociedade da informação e do conhecimento como matriz transversal da renovação social?
- Qual a forma possível de fazer das empresas (e em particular das PME) os actores relevantes na criação e valor e garantia de padrões de qualidade e vida social adequados, num cenário de crescente “deslocalização” económica?
- Qual o papel efectivo da educação como quadro referencial essencial da adequação dos actores sociais aos novos desafios da sociedade do conhecimento? Os actores do conhecimento de que tanto se precisa são “educados” ou “formados”?
- Qual o papel do I&D enquanto área capaz de fazer o compromisso necessário entre a urgência da ciência e a inevitabilidade da sua mais do que necessária aplicabilidade prática para efeitos de indução duma cultura estruturada de inovação?
- Qual o sentido efectivo das políticas de empregabilidade e inclusão social enquanto instrumentos de promoção dum objectivo global de coesão social? O que fazer de todos os que pelo desemprego se sentem cada vez mais marginalizados pelo sistema?
No tempo de mudança que aí vem, esta “Nova Agenda” vai ser o grande teste à capacidade de apresentar soluções diferentes para problemas novos.
Opinião de Francisco Jaime Quesado, Gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento
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