Inovação versus competitividade económica
O termo “inovação”, podemos dizer, está na moda.
Desde governantes a empresários, passando por políticos e dirigentes associativos, a “inovação” é a receita que todos prescrevem para a reabilitação dos níveis de competitividade do nosso tecido económico.
Não podendo estar mais de acordo com o receituário, e não querendo sequer aproximar-me da discussão do que é “inovação” (as definições são mais que muitas, chegando a parecer que é tudo uma questão de criatividade de cada um), creio valer a pena debruçarmo-nos sobre como criar, de forma sustentada, inovação nas nossas Organizações.
Creio não andar muito longe da verdade, ao considerar que, sumariamente, existem três grandes “fontes” de inovação:
- Recursos naturais específicos, exclusivos de um certo país ou região – não creio que em Portugal tenhamos qualquer recurso natural que não se possa encontrar noutros locais do globo;
- Factores de Produção em abundância – não creio que tenhamos matérias-primas e mão-de-obra em quantidades que nos permitam competir com economias asiáticas, por exemplo.
- As pessoas e as Ideias – aqui sim, creio que poderemos competir. Cada pessoa é ímpar, tem dentro de si um potencial de criatividade que é diferenciador e que, se conseguirmos potenciar, poderá constituir-se fonte de inovação;
Não tenhamos dúvidas pois, que o potencial de inovação das nossas Organizações é imenso, assim consigamos criar em cada uma delas o ambiente, o clima e a cultura organizacional propício a extrair das pessoas que a compõem, o potencial de ideias e criatividade existente em cada uma delas.