Governo muda regras para que empresas não fiquem sujeitas a limites de valor na exportação
O ministro da Economia, Vieira da Silva, anunciou a modificação das regras do seguro de crédito para permitir que as empresas exportem sem estarem sujeitas a limites de valor para efeitos de seguro.
“O Governo já decidiu uma mudança numa das linhas de apoio aos seguros ao crédito à exportação, chamada OCE2, ultrapassando o problema do limite máximo de apoio que vigorava até agora”, afirmou.
O ministro adiantou que, no novo regime de apoio às garantias de crédito para exportação, “já não há limite, à partida, já que o seguro passa a estar ligado, para cada operação, com o volume de vendas da empresa que o solicita”.
“Esta medida vai ao encontro das necessidades das empresas exportadoras e vem ajudar o crescimento das exportações”, acentuou, dizendo que “os estímulos continuam a ser necessários enquanto a economia não recuperar o seu funcionamento normal”.
O governante falava no final da visita que o primeiro-ministro, José Sócrates, efectuou à empresa de calçado do grupo Kyaia, de Fermentões (Guimarães), criado em 1984 e que é actualmente constituído por 13 empresas, nas áreas industrial, distribuição, retalho, imobiliária e turismo de habitação.
A alteração do sistema de apoio aos seguros de crédito havia sido reclamada, momentos antes, pelo empresário Fortunato Frederico, que considerou que tal limitava a capacidade exportadora do grupo Kyaia.
Vieira da Silva frisou que o Governo tem procurado encontrar as soluções necessárias de apoio à actividade exportadora e elogiou o grupo empresarial pela sua capacidade de inovação, dizendo que “é um exemplo para toda a economia”.
A fábrica de sapatos visitada por José Sócrates e pelo ministro da Economia integra um grupo económico que emprega mais de 600 trabalhadores e facturou em 2009 cerca de 55 milhões euros.
Perante o chefe do Governo, o gestor Fortunato Frederico revelou que “durante 2009 o número de colaboradores cresceu mais de 4% – mais 25 funcionários” e garantiu que as previsões para este ano apontam para mais contratações e para o aumento do volume de negócios.
in OJE