Governo desmente reforma aos 67
O Executivo garante que não planeia aumentar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos, nem tão pouco que essa medida conste das suas propostas para o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC).
O Governo negou hoje que nas suas propostas para o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) se encontre prevista uma medida para aumentar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos.
“É totalmente falso e sem fundamento a informação de que existe uma intenção por parte do Governo para alargar a idade da reforma dos 65 para os 67 anos”, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro ministro.
“Sistema saiu da zona de risco”
Também o secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional afirmou hoje que a Segurança Social “saiu da zona de risco” e garantiu que, por isso, a idade da reforma vai manter-se nos 65 anos durante os próximos três anos.
“A nossa segurança social saiu da zona de risco e está neste momento com níveis de estabilidade que dão segurança a todos, melhor do que muitos países, razão porque nos próximos três anos [durante a execução do PEC - Plano de Estabilidade e Crescimento] não há a previsão de que seja necessário aumentar a idade da reforma”, afirmou Valter Lemos, em declarações à Lusa.
O governante explicou que alguns países, como a Grécia ou a Espanha, vão aumentar a idade da reforma, mas ressalvou que “muitos desses países não fizeram a reforma da segurança social que Portugal fez”.
Três anos garantidos
“Nos próximos três anos não há nenhuma previsibilidade de que seja necessário aumentar a reforma. E o assunto nem sequer foi estudado, quanto mais decidido. São falsas as notícias que indicam que vamos aumentar a idade da reforma”, adiantou Valter Lemos.
O PEC, que vai ser apresentado quarta feira pelo ministro das Finanças, contém medidas de diminuição da despesa mas, segundo Valter lemos, “nenhuma medida que altere a idade da reforma”.
Na sua edição de hoje, o Correio da Manhã noticia a alegada intenção do Governo de “aumentar a idade da reforma em Portugal dos 65 para os 67 anos”, medida que, pode ler-se, “poderá constar” no PEC a ser entregue pelo executivo a Bruxelas.