Marrocos é país chave para internacionalizar empresas
Estabilidade económica, sector financeiro, serviços e indústria desenvolvidos tornam país do Norte de África atractivo.
Portugal vê Marrocos como um país chave na estratégia de diversificação dos seus mercados externos e de aumento das exportações para a região do Magreb, sendo actualmente o 19.º cliente deste país, indica um estudo da Aicep citado pela Lusa.
A política económica seguida desde 2003 pelo Rei Mohammed VI «trouxe estabilidade económica» a este país e permitiu uma «rápida evolução» do sector financeiro, dos serviços em geral, e da indústria, de acordo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep), realidade que leva Jaime Gama, presidente da Assembleia da República portuguesa, a visitar o país até sexta feira.
Com uma população de 32 milhões de consumidores e um grau de abertura ao comércio externo de 50,3% em 2009 (exportações mais importações a dividir pelo Produto Interno Bruto), Marrocos importou 215 milhões de euros em produtos portugueses no ano passado, apesar do efeito negativo da crise económica internacional.
As importações deste país magrebino para Portugal ascenderam a 42,8 milhões de euros em 2009, sendo a União Europeia o principal cliente de Marrocos, com a França e a Espanha a destacarem-se, embora a proximidade de Lisboa em relação a Rabat seja um trunfo para o estreitamento das relações bilaterais.
Nos últimos quatro anos, as exportações de Portugal para Marrocos cresceram 31,4%, passando de 164 milhões de euros em 2006, para 215 milhões de euros em 2009, embora representem actualmente uma quota ligeiramente superior a um por cento do total das vendas de mercadorias portuguesas colocadas a nível internacional.
Dos países da África do Norte, Marrocos é o primeiro mercado a comprar produtos a Portugal, seguindo-se a Argélia, Tunísia e Líbia.