Portugal tem de encontrar o seu ‘canivete suíço’
É essencial reforçar a exportação, e para isso é preciso produzir em qualidade e com produtos de referência. Este é o conselho dos empresários do Norte.
“A nossa aposta na internacionalização deve passar pelos bens transaccionáveis que, como o nome indica são os que se devem transaccionar”, afirmou José António Barros, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), para uma plateia de empresários presentes no V Encontro Portugal Inovador – Estratégias Empresariais de Sucesso, organizado pelo Diário Económico em parceria com a PT Negócios. Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) vai no mesmo sentido ao considerar que não se estão a incentivar as exportação de bens transaccionáveis porque “quem domina as políticas macro-económicas são os que produzem os bens não transaccionáveis, porque estão mais perto da capital”. E foi mais longe nessa crítica ao poder político ao afirmar que “o Norte concentra a produção de bens transaccionáveis, mas isso não se vê do Terreiro do Paço”.
“De Leiria para o Norte estão sediadas 90% das empresas que produzem bens transaccionáveis”, sublinha José António Barros. O presidente da AEP é mesmo peremptório ao afirmar que, para resolver o problema do défice comercial crónico, é necessário apostar na exportação de bens transaccionáveis”. E salienta: “o caminho é por aí”.