Desemprego nas economias desenvolvidas e UE pode chegar aos 9,5%, diz OIT
A taxa de desemprego nas economias desenvolvidas e da União Europeia (UE) deverá aumentar em 2010, podendo chegar aos 9,5% no cenário mais pessimista, avisou a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No relatório sobre tendências de emprego 2010, a OIT mostra que a taxa de desemprego na região foi de 5,7% em 2007 e 6,0% em 2008.
Em 2009, a organização tripartida na qual têm assento governos, organizações laborais e patronais estima que a taxa de desemprego tenha chegado aos 8,4% nas economias desenvolvidas e da UE.
Para 2010, a OIT traça um cenário de subida no número de desempregados da região até aos 8,9%, apesar da projecção do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que o PIB das economias desenvolvidas e da UE recupere 1,1%, admitindo um intervalo de confiança que vai dos 8,2 até aos 9,5%.
Caso esta recuperação da economia não se concretize, o mercado laboral sairá “enfraquecido”, mas se, pelo contrário, as estimativas do FMI forem ultrapassadas, tal não significará que as taxas de desemprego sejam mais baixas, avisa a organização.
“Tendo em conta o excesso de capacidade criado pela crise, muitas empresas vão em primeiro lugar considerar um ajustamento do horário de trabalho dos seus trabalhadores, antes de considerarem a criação de novos postos de trabalho”, justificou.
Nas restantes regiões do mundo, as projecções da OIT apontam para uma estabilização ou mesmo declínio do número de desempregados.
Assim, segundo as projecções preliminares da OIT, o número de desempregados nas economias desenvolvidas e da UE deverá aumentar para os 46 milhões, mais três milhões do que em 2009 (estimativa preliminar) e mais 17 milhões do que em 2007 (antes da crise económica).
Em 2009, o número de desempregados terá sido superior a 42 milhões de euros, de acordo com as projecções divulgadas pela organização.
No conjunto do mundo, a OIT avisa que o desemprego continuará “elevado” em 2010, depois de no ano passado ter atingido perto de 212 milhões de pessoas.
Segundo a organização, este ano o número de desempregados em todo o mundo deverá ultrapassar os 213 milhões, podendo mesmo chegar aos 228 milhões, num cenário mais pessimista.
A seguir às economias desenvolvidas e da UE, as regiões com maior número de desempregados são a Ásia Oriental e o Sul da Ásia, ambas deverão ter totalizado em 2009 os 70 milhões de desempregados.
in OJE