FMI diz que é cedo para retirar a muleta dos Estados
O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou hoje que a retoma da economia global continua a ser puxada pelo Oriente – pela China, mas também pela economias emergentes asiáticas – e que é provável que a instituição reveja em alta a sua previsão de crescimento mundial, actualmente em 3,1%, no limiar do o FMI considera sinónimo de uma recessão mundial.
Mas, mesmo nos casos em que as taxas de crescimento já regressaram a valores assinaláveis, é ainda cedo para pôr de lado a muleta do Estado, retirando os estímulos à actividade económica financiados pelos cofres públicos.
“Temos de permanecer cautelosos porque os processos de retoma permanecem muito frágeis um pouco por todo o mundo”, advertiu Dominique Strauss-Kahn.
Esse é sobretudo o caso nas chamadas economias desenvolvidas, caso das europeias e da norte-americana, onde a recuperação tem sido particularmente “lenta”, sublinha o director-geral do FMI. “Na maioria dos países, o crescimento ainda está a ser suportado pelas políticas públicas. E estas devem manter-se até que tenhamos uma procura privada suficientemente robusta para as compensar”.
Ainda assim, sublinhou Strauss-Kahn, o grande desafio de longo prazo para a maioria dos Governos é reduzir os elevados níveis de endividamento público”.