Ministro exorta PME às parcerias
Vieira da Silva, ministro da Economia, veio ao Porto dizer aos empresários que, perante o desafio de “transformarmos o tecido empresarial português” nesta crise, não é nas PME que se baseia “qualquer economia” e que é preciso saber escolher investimentos.
“Uma das parcerias estratégicas e decisivas para a promoção empresarial está dentro do próprio sector [empresas com empresas], até para pôr fim ao debate estéril sobre investimento público no país e o modelo de apoio às PME”, referiu Vieira da Silva, no encerramento dos trabalhos da manhã, na conferência “Portugal Empreendedor”, promovida, ontem, pela associação Nacional de Jovens Empresários. O ministro da Economia alertou, ainda, que “as oportunidades de sucesso não são as mesmas em todas as áreas” e que, para colher os apoios dos fundos públicos, os empresários deverão optar pelo sector “energético, da fileira florestal ou na área do Turismo”. Pelo menos, neste mandato.
Francisco Maria Balsemão, presidente da ANJE, o Estado deverá diminuir a dívida através da privatização de empresas públicas, o que também permitirá uma melhor rentabilidade das empresas a longo prazo. Devido às dificuldades das empresas, o presidente da ANJE referiu que “o Orçamento de Estado para 2010 deve prever novas linhas de crédito bonificado para as PME, porque os empresários sentem dificuldades no acesso ao crédito, não só para investimentos como para questões de tesouraria”. Considerou importante, ainda, a criação de benefícios fiscais de apoio à criação de novas empresas e às sociedades de investigação e desenvolvimento, a criação de seguros de crédito às exportações mais baratos e o fim do pagamento especial por conta já este ano.
Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), revelou, à tarde, que o investimento estrangeiro em Portugal diminuiu 5% no ano passado, 5% em relação a 2008, mantendo-se na ordem dos 30 mil milhões de euros. Se as exportações caíram 20% em 2009, “temos de concluir que Portugal ainda é um país que atrai investimento estrangeiro”, concluiu Horta.