Domingo, 24 de Novembro de 2024 Adrego & Associados – Consultores de Gestão

“Linhas de crédito às PME vão continuar em 2010”

O ministro da Economia promete, em entrevista ao Diário Económico, não retirar de “forma abrupta” os apoios às PME. Vieira da Silva assegura às empresas de pequena e média dimensão que o Estado não as irá abandonar neste momento de dificuldade. O governante fala ainda da necessidade de alargar tanto a base exportadora das empresas como os mercados de destino dos produtos portugueses.

As linhas PME Investe têm sido um importante instrumento de apoio às empresas. Será possível prolongá-las em 2010?

Há capacidade financeira para prolongar a existência de linhas de crédito às PME. A sua dimensão está a ser estudada e é provável que venhamos a fazer alguns acertos e reorientações. Como sabe, algumas dessas linhas combinam-se com intervenções mais sectoriais. Bom seria que elas não fossem necessárias! Mas acredito que o apoio que o Estado deu à economia não pode ser retirado de forma abrupta. Não há ainda condições para que isso aconteça. Há um período de transição no qual se inclui a manutenção desse tipo de instrumentos e também a criação e a activação de outros.

Mas não receia que quando chegar a altura de as empresas pagarem esse crédito, lhes seja difícil honrar esse compromisso?
Essas linhas de crédito não se destinaram a injectar tesouraria nas empresas ou apoiar investimento que não devesse existir. Destinaram-se a contrariar um risco, que era o da ausência de crédito. As empresas estavam a necessitar desse crédito e ele existiria se não tivéssemos vivido a crise financeira. Não creio que esse seja o problema. Mas é evidente que todas as medidas têm sempre riscos.

in Diário Económico