PME: Linhas de crédito vão permitir regularização das dívidas
O ministro da Economia, José António Vieira da Silva, garantiu hoje que as linhas de crédito para as Pequenas e Médias Empresas “vão passar a incorporar opções para regularizar dívidas ao Estado e à segurança social”.
O governante escusou-se, no entanto, a definir os critérios para as atribuições das ajudas, sublinhando que o critério geral tem de ser “o da viabilidade e sustentabilidade das empresas”.
Vieira da Silva respondia assim no Parlamento a uma questão do deputado do PSD António Almeida Henriques, que aludiu ás “dificuldades sentidas por algumas empresas, que são viáveis mas que não podem aceder às linhas de crédito por não terem regularizadas as suas situações com o fisco e com a segurança social”.
O ministro respondeu que “algumas já eram competitivas, e poderão voltar a sê-lo caso sobrevivam à crise”, acrescentando que não foram apoiadas “só empresas mediáticas”.
“Há centenas e centenas de empresas que têm aproveitado esses apoios e que estão fora da opinião pública, mas que o Estado não deixa de apoiar”, vincou o governante.
Na comissão parlamentar de Economia, que decorre esta tarde, Vieira da Silva disse ainda que o risco de a banca aproveitar as linhas de crédito às empresas para reestruturar os seus próprios créditos ou para reestruturar os existentes é menor hoje que no passado.
“Esse risco é hoje menor que no passado, mas trabalharemos no sentido de o minimizar”, declarou Vieira da Silva aos deputados.
A questão foi levantada pelo deputado do PSD António Almeida Henriques, que perguntou directamente ao ministro se o Governo ia criar mecanismos para evitar esse aproveitamento.
NVI/MBA